Inclusão
Durante o 1º Fórum sobre Deficiência Intelectual nesta quarta-feira, o deputado Eduardo Barbosa (MG)
Preconceito – “O deficiente intelectual sofre porque suas especificidades não são tratadas como deveriam. Ele tem um déficit cognitivo e demora a processar uma informação, a elaborar uma resposta e tem dificuldades de expressar ideias com clareza. Não se pode exigir dessa pessoa o mesmo que se exige de alguém que não tem deficiência. Quando se percebe isso, o processo de interação depende de nós, e não dela”, avaliou.O deputado lembrou que as pessoas com deficiência intelectual têm dificuldades para ingressar em um mercado de trabalho competitivo, marcada pela pressão por resultados e eficiência. Para Barbosa, no entanto, os empresários brasileiros ainda ignoram as qualificações das pessoas com deficiência intelectual. “Eles culpam a condição do deficiente, mas não revêem entre as atribuições existentes aquela que pode ser destinada a essa pessoa, como um cargo de office boy. São entraves de uma sociedade que entende que o Estado tem que tutelar essas pessoas”, condenou.
O tucano afirmou também que as escolas precisam se adaptar para educar, juntamente, alunos com e sem deficiência. O tucano disse que a inclusão, da forma como é feita hoje, não cumpre nem mesmo a função de socializar. Eduardo Barbosa lamentou que os alunos com deficiência intelectual ainda enfrentem preconceito em sala de aula. Segundo pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP), 98,9% dos alunos entrevistados preferem distanciar-se de colegas portadores dessa deficiência. (Da redação com Agência Câmara/ Foto: Eduardo Lacerda)
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